Christian Dior, Designer of Dreams
Quase que eu nem consigo acreditar que eu consegui ir na Exposição da Dior em Paris, a maior exposição do gênero já feita antes. Vi milhares de notícias que rolaram por aí sobre a exposição e quando tava realmente entrando pra conhecer, deu aquele friozinho na barriga. A exposição vai até janeiro, bem conversadinho ainda dá tempo de você se programar pra ir, pq sei que você vai querer depois desse post. A exposição conta com mais de 300 vestidos da marca, um mais encantador que o outro. Dá pra notar todo o glamour e bom gosto da Dior em todos os anos de marca, e foram 70. Motivo pelo qual a exposição foi montada, para comemorar.
O passeio entre os vestidos é totalmente atemporal, não teria um sequer daqueles que eu não vestiria hoje. O que prova o quanto Dior foi fabuloso em suas criações. A marca começou em 1947 no pós-guerra, e apresentou uma nova silhueta para as mulheres que vinham com as roupas rígidas das marcas da guerra.
Com curvas acentuadas e cintura marcada, Dior fez a sua personalidade chamada de New Look, isso se estabeleceu tão fortemente que seguem os anos e todos continuam se inspirando nas criações dele.
Na exposição conseguimos saber mais da história do Christian Dior, com todo o acervo de artes dele já que no começo da carreira dele foi galerista, o que possibilitou amizade com artistas que estavam despontando na época, como Dali e tiveram grande influencia em suas criações no futuro. E olhando para esse passado e a força que criações como essa representam até hoje é que conseguimos pensar no futuro. Sempre com releituras de tudo que já foi história.
A exposição não fala apenas sobre Dior, no fim das contas mostra a evolução da mulher em suas várias épocas. Num dos últimos looks as manequins vestem a saia midi clássica, casacos bem cortados e acinturados e camisetas com a mensagem:
We should all be feminists.
O mundo está mudando e a moda está mais do que nunca, representando isso.
Queria eleger uma sala preferida da exposição mas acho que vai ser impossível. A sala que tem as peças todas divididas por cores em um degradê incrível me hipnotizou. Uma sala que mais parecia um jardim com vários recortes brancos no teto, e os vestidos como se fossem flores. quase me fez chorar, seguida pela sala branca gigantesca com todos os moldes das peças já desenvolvidas pela marca. E pra finalizar o show de emoções ficou por conta da sala de vestidos, com projeções nas paredes numa iluminação incrível. Inspirada na sala de espelhos de Versailles que eu conheci logo no outro dia e me fez entender tudo.
Parecia que eu estava na Disney das modas, e por mais que eu coloque fotos ou vídeos aqui, nada representará a emoção de estar lá. Recomendo.
Pra ver em vídeo essa emoção toda:
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Anota aí pra conhecer:
Musée des Arts Décoratifs
107 Rue de Rivoli, 75001 Paris, França
Até Janeiro de 2018
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Fotos da Equipe Não Repete
Aroana Machado
Hingrid Meinelecki
Adriana Nascimento
Quanta roupa linda Guid!!!!
Tá certo que a gente não pode sair por aí pela rua de boas com esses vestidos, mas adorei as estampas, as cores, as texturas, tudo! Queria ver tudo isso em roupas “usáveis”. 😀
Guid Meinelecki
olha que se eu tivesse um vestido desses não ia ligar de sair por aí não! hahahahaha
mas que dá pra nos inspirarmos nas roupas do dia a dia com inspiração de cores e texturas, isso dá, são obras de arte. <3
sonia regina piassa
Como tem países que sabem valorizar seus artistas, aqui as mulheres da sua geração não sabem quem foi madame Rosita ou Denner, Clodovil ainda fez um pouco de barulho.
Os europeus sabem valorizar a cultura e quem leva o nome da França para o mundo, nós temos pessoas incríveis que bordam e fazem as rendas mais lindas jamais imaginadas pois são feitas à mão e ninguém valoriza, somos um país com complexo de vira latas. Não estou criticando absolutamente nada que vc escreveu, está tudo muito certo, Dior foi grande tem uma obra atemporal, maravilhosa e merece todos os aplausos. Só que o Brasil é tão medíocre deixa o MBL fechar exposição, que quando promove uma lei para incentivar a cultura alguns dizem que é lei para vagabundos comunistas, somos tacanhos. Viva la France!!!
Guid Meinelecki
concordo contigo Sonia, o Brasil tem muito em que melhorar ainda sobre valorizar a sua cultura. tanto que a minha viagem para a europa eu fiz com uma mala inteira apenas com marcas locais brasileiras, pra valorizar o que temos aqui e levar para o mundo. <3
Mari
Oi Guid! Adorei o post!
Mas fiquei com uma dúvida, você comprou o ingresso no museu lá na hora ou online? Estou indo para Paris na próxima semana para ver a exposição. 🙂
Guid Meinelecki
comprei na hora mesmo Mari, foi tranquilo.
massss tinha fila, quem tinha comprado pela internet não precisou ficar na fila. 🙂
Mari
Ah entendi! Realmente seria mais fácil comprar online, mas para a data que eu vou segundo o site já está esgotado os que eles liberaram para venda online. :/ Mas que bom tem que como comprar no museu, já estava preocupada que não teria mais ingresso haha. Muito obrigada pela resposta!