topo

DESAFIO DE ESTILO, DIÁRIO DE BORDO

Tô aqui tentando me lembrar de sentimentos diferentes de pânico total e absoluto quando estive envolvida em precisar escolher a roupa que ia vestir no dia seguinte. E é tudo mato lá. Desde que me entendo por gente, o ato vestir só teve duas marchas pra mim: automático ou traumático. Eu – essa pessoa toda trabalhada na ansiedade generalizada, nos complexos de pertencimento e no preconceitinho – sempre encarei meu próprio armário com muita desconfiança. Não. Sempre encarei meu próprio armário como se ele...

Continuar lendo

SOBRE MULHERES SEM SUPER PODERES

Duas semanas e uns textões depois, eu ainda tô enroscada em Pantera Negra. É que várias coisas mexeram comigo nessa história – e cada vez que penso sobre ela, quero falar de algo diferente. Guid falou sobre como o figurino, tremendamente eficaz em contar a história com roupas e acessórios que também funcionam como personagens, lhe inspirou. E eu já falei sobre o que mais me impressiona nessa conversa toda: seu alcance. Mas ainda tem muito a ser dito. Mais do que um...

Continuar lendo

VIDINHA DE BALADA

“Vai namorar comigo, sim” Tô aqui, com o pé atrás de escrever esse texto. Mas tô também achando que ele precisa ir pro mundo. Então vou começar com uma história sobre outra coisa. Quando assisti Passageiros (Passengers, 2016), sai do cinema com a sensação de ter visto um bom filme de romance, ficção científica e aventura. Logo depois, terminei a leitura da crítica do filme feita pelo Pablo Villaça, do portal Cinema em Cena, e minhas reações foram, na sequência: concordar com absolutamente...

Continuar lendo

Frida é um símbolo. Um não. Vários.

Seus autorretratos estampam bolsas, cartões, camisetas, mochilas, livros. Seus vestidos típicos, cabelos marcados, adornos e sobrancelhas unidas representam todo um discurso. Um não. Vários. Quando eu estava na faculdade de História, apresentei um seminário sobre Frida pra disciplina de América. Nosso debate era sobre como estavam ligadas arte, identidade nacional e política na história do México do começo do século XX. Lá, há uns bons dez anos, eu não dei a devida importância praquele trabalho, mas mesmo não tendo levado o...

Continuar lendo

pensar sobre mim

“Ah, mas você e seu marido tem um tamanho parecido”, me disse uma moça, sobre o lance das trocas de roupa. Bom, é. Temos. Mas não foi sempre assim. Há quase dois anos, fiz cirurgia bariátrica. A bari, como eu gosto de chamar. Foi um processo longo de reflexão – e, como todos os meus longos processos de reflexão, tem um caminhão de textão sobre ele lá no ansiosa. Eu ia dizer que esse processo terminou na opção pela cirurgia, mas não...

Continuar lendo

apareci ao vivo, na globo, com a Fátima Bernardes

Sim. Isso aconteceu mesmo. Foi real. Fotos e vídeos comprovam. Quando eu e Renan aceitamos o convite pra participar do programa da Fátima Bernardes pensamos que íamos falar de roupa sem gênero de uma forma mais livre (e bem mais rápida, se vocês querem mesmo saber, porque o negócio todo de ir lá na frente a gente só descobriu na hora mesmo). A conversa acabou indo pro lado profissional, pra todo um debate sobre como se vestir pra trabalhar. Acho eu que...

Continuar lendo

o mundo upside down

Esses dias, eu e Guid marcamos de tomar café da manhã. A gente tinha umas coisas pra conversar, estávamos bastante focadas falando sobre nossos assuntos de pauta quando, não mais que de repente, Guid começou a falar de mapas. E isso aqui aconteceu: Não sei se vocês notaram – talvez aquele texto da tartaruga cósmica possa ter dado uma dica – mas eu tenho essa pequena obsessãozinha. Mapas. Sou alucinada pelas formas de representar o mundo no papel. Hoje, com um pouco mais...

Continuar lendo

Uma ansiosa em Paris

Vocês devem ter percebido que parte do time Não Repete estava dando uns rolês no Velho Continente nas últimas semanas, né? Pois é. Eu não fui, mas tava na dúvida se ia ter ansiosa semana passada. É um pouco embaraçoso de admitir, mas preciso contar um segredo pra vocês: eu só escrevo. As imagens todas passam por uma curadoria, porque eu simplesmente não tenho esse chip. Então era plenamente compreensível eu estar na dúvida. (Até porque eu sempre tô) Só que sou uma...

Continuar lendo

Podemos, sim, falar de feminismo no blog de moda

Eu sou feminista. -- peita - lute como uma garota.  E hoje eu já não tenho nenhum pé atrás de me declarar feminista. Tá. Nenhum pé atrás é meio que um exagero. Esse debate já foi muito pra terapia do textão – e lá no ansiosa tem uma caixinha inteira pra arquivar o que já escrevi e ainda vou escrever sobre o tema – mas ainda não acabou. Eu acho que, na verdade, não tem fim. Então o mais honesto de minha parte é...

Continuar lendo

Você carrega o mundo, ou o mundo carrega você?

Tenho uma camisa favorita. E é engraçado, porque eu não gosto nem de rosa e nem de estampa, mas minha camisa favorita é rosa com riscos quadriculados em branco e azul. Acho linda. Mas, ansiosa que sou com esse negócio de códigos sociais, eu só uso minha camisa favorita pra trabalhar. Então, tenho uma camisa “de trabalho” favorita. A post shared by Marta Savi (@martasavi) on Jan 23, 2017 at 2:12am PST E, hoje, digo “de trabalho” assim entre aspas porque...

Continuar lendo